BLOG - Sistemas Embarcados

Este blog tem como autores os participantes do projeto Smart Campus e alunos das disciplinas: Sistemas Embarcados(Engenharia de Controle e Automação) e Plataformas de prototipação para Internet das Coisas (Especialização Lato Sensu em Internet das Coisas). O objetivo é a divulgação de trabalhos em desenvolvimento no campus que envolvam a utilização de conceitos de sistemas embarcados, internet das coisas, telemetria e outras tecnologias para a resolução de problemas da indústria, meio ambiente, cidades inteligentes, fazendas inteligentes, ....
Coordenação: Prof. Marcos Chaves

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ESTUDO SOBRE SISTEMA TRACKER EM MICRO USINAS SOLARES

 

A energia elétrica é a principal fonte do desenvolvimento de qualquer setor daquilo que hoje compreendemos como sociedade. Seja na indústria, na medicina, na agricultura ou até mesmo na cultura, a energia elétrica está enraizada nos avanços e nas inovações de cada setor sendo ela necessária para todo avanço socioeconômico que é refletido em melhorias na qualidade de vida de todos.

Atender e acompanhar a demanda de energia elétrica não é uma tarefa fácil, requer planejamento de longo prazo e investimentos maciços em infraestrutura para geração e transmissão. No Brasil, entre junho de 2001 a fevereiro de 2002, falhas no planejamento decorrentes de diversos fatores, implicaram no evento que ficou popularmente conhecido como “apagão”. Bardelin (2004) aponta que os responsáveis pela produção de energia elétrica não realizaram os devidos preparos para suportar o crescimento da demanda. Por outro lado, tal evento foi responsável por criar novas diretrizes e estratégias com a finalidade de impedir o “apagão” de acontecer novamente.

O Brasil dispõe de uma das maiores capacidades hídricas do mundo e, por esse motivo, concentra sua matriz energética em usinas hidroelétricas. Em contrapartida, a escassez de chuvas foge do controle do homem e interfere diretamente na capacidade de produção das mesmas. Baseado nas fragilidades da matriz energética brasileira o governo lançou por meio da Lei n° 10.438/2002 o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) que foi uma das primeiras respostas ao “apagão” com o objetivo de disponibilizar de maneira mais rápida uma pequena parcela da demanda e regulamentar as pequenas geradoras de energia elétrica advindas de fontes renováveis.

No decorrer do tempo, a necessidade da redução de impactos ambientais provenientes da produção de energia elétrica, impulsionou o desenvolvimentos de tecnologias limpas sendo a tecnologia fotovoltaica, a que apresenta melhores soluções no atual contexto de geração distribuída. O Ministério de Minas e Energia, por meio da Portaria MME n° 538/2015 criou o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD), no qual, buscando principalmente a utilização da fonte solar de energia, incentivar a instalação de geradores de energia elétrica cada vez mais próximos do local de consumo e amenizar os astronômicos investimentos em grandes redes de distribuição e usinas geradoras que, normalmente são instaladas a centenas de quilômetros das unidades consumidoras.

Por ser um país de dimensões continentais, o Brasil apresenta características muito diversificadas no que tange a incidência de radiação solar. De acordo com o Atlas Brasileiro de Energia Solar (2017), o mercado de geração de energia solar fotovoltaica se mostra promissor, tendo em vista, a queda crescente nos custos financeiros iniciais, incentivos governamentais e privados a financiamentos que amortizam o tempo de retorno do investimento e, principalmente, a geração de energia que atenua os picos da demanda que ocorrem, com maior frequência, no período que a geração solar fotovoltaica é maior.

Apesar da constante evolução na área, Duarte (2019) indica que a disseminação em grande escala da tecnologia de geração de energia a partir de placas fotovoltaicas encontra diversos obstáculos. Um dos entraves é a interferência de fatores intrínsecos ao movimento da terra com relação ao sol, o que implica diretamente nos índices de radiação solar. Tal interferência é responsável pelo aproveitamento de apenas um quinto da capacidade total das instalações de placas fixas.

Na busca pelo melhor aproveitamento da radiação solar que, embora não seja renovável mas sim infinita, o estudo de técnicas como sistemas de seguidores solares se apresenta como uma alternativa que segundo Cassares (2016), pode causar um ganho entre 15% e 30% quando comparado a instalações fixas. A principal particularidade da aplicação desse sistema é evitar o sombreamento da placa de modo automático por meio de sensores e atuadores que buscam manter as placas sempre normal com relação a incidência solar.

 

[ID:26] Autor:Renan Saher Fuzita - Criado em: 2021-04-27 01:10:58 - [ Compartilhar ]